
TUMOR DE HIPÓFISE / RADIOCIRURGIA
Neste recente artigo os autores descrevem a análise sistemática dos dados publicados em 35 outros trabalhos que utilizaram a Radiocirurgia (em dose única ou fracionada) para o tratamento de tumores de Hipófise. Em sua maior parte a Radiocirurgia foi empregada após a retirada cirúrgica incompleta ou após sinais de crescimento de tumores residuais.
A Radiocirurgia, como forma de tratamento dos tumores de Hipófise que não produzem hormônio, é método de terapêutico complementar (normalmente utilizado após a Cirurgia) já bem consolidado, mas o seu efeito sobre o controle da doença residual e possíveis efeitos colaterais não é ainda bem entendido.
Neste estudo os autores descrevem um eficácia considerável na resposta dos tumores residuais à Radiocirurgia, 94% de controle em 5 anos e 83% de controle em 10 anos, recomendando uma dose de radiação entre 14 a 16 Grays quando usa-se uma única fração. Descrevem ainda um baixo risco de lesão de nervos cranianos (especialmente Nervos Ópticos) e relatam o Hipopituitarismo (baixa global de produção hormonal hipofisária) como o principal efeito colateral tendo acontecido em 21% dos paciente no grupo tratado.
Os autores concluem reforçando a importância do método como forma complementar de tratamento após a cirurgia.